Filho: Mãe.
Mãe: Que é?
Filho: Porque é que o comboio anda?
Mãe: Porque tem fumo.
(pausa)
Filho: Mãe.
Mãe: Que é?
Filho: As casas também têm fumo.
Mãe: Sim.
Filho: Mas as casas não andam.
Mãe: Não.
Filho: Porque é que não andam?
Mãe: Já alguma vez viste andar coisas que não têm rodas?
(pausa)
Filho: Mãe.
Mãe: Que é?
Filho: Também quero ir.
Mãe: (com um suspiro) Amanhã, amanhã vamos todos. Hoje não.
Filho: Porque não?
Mãe: Porque vai chover.
(...) o vento levanta pó e o pó mete-se nos grandes olhos do menino triste.
Javier Tomeo, in "Histórias Mínimas"
Mãe: Que é?
Filho: Porque é que o comboio anda?
Mãe: Porque tem fumo.
(pausa)
Filho: Mãe.
Mãe: Que é?
Filho: As casas também têm fumo.
Mãe: Sim.
Filho: Mas as casas não andam.
Mãe: Não.
Filho: Porque é que não andam?
Mãe: Já alguma vez viste andar coisas que não têm rodas?
(pausa)
Filho: Mãe.
Mãe: Que é?
Filho: Também quero ir.
Mãe: (com um suspiro) Amanhã, amanhã vamos todos. Hoje não.
Filho: Porque não?
Mãe: Porque vai chover.
(...) o vento levanta pó e o pó mete-se nos grandes olhos do menino triste.
Javier Tomeo, in "Histórias Mínimas"
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